quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dados sobre a chantagem patronal!

As empresas aproveitam para demitir e eliminar os ganhos que os trabalhadores tiveram quando a economia ia bem. Dois estudos divulgados em março mostram como os patrões aproveitam a crise contra os trabalhadores. Um deles, feito pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) mostrou que muitas empresas brasileiras estão demitindo por precaução e não devido à crise. Muitos patrões temem que a crise se agrave e não querem ter prejuízos. E geram um ciclo que alimenta a crise, diz o estudo. Os empresários cortam “projetos de investimento, reduzem custos e diminuem a produção”, enquanto os trabalhadores, com medo do desemprego, cortam o consumo, deixando de comprar.

O outro estudo, divulgado pelo DIEESE, revela que dezembro é, desde 2000, o mês em que os patrões , no Brasil, fazem o “ajuste” da mão-de-obra, com demissões em quase todos os setores da economia e regiões geográficas do país. Como o crescimento em 2008 foi forte, o estudo mostra que mesmo sem a crise poderiam haver 350 mil demissões em dezembro passado. Mas, temendo a crise, os patrões demitiram muito mais, tendência que continuou em janeiro e mesmo em fevereiro, apesar de neste mês ter ocorrido mais contratações do que demissões. Os dois estudos mostram como os patrões se aproveitam da crise, diminuindo o número de empregados para fazer o mesmo trabalho pagando menos salários e, assim, procurando eliminar os ganhos salariais e sociais que os trabalhadores tiveram quando a economia ia bem.

A GM é um exemplo da chantagem patronal. Nos EUA, ela está à beira da falência, e sobrevive graças ao apoio do governo. Mas no Brasil vai bem, obrigado! A montadora prevê o investimento de 1,5 bilhão de dólares para lançar dois novos carros até 2012 e reforçar algumas fábricas. Vai aumentar as instalações em Gravataí (RS) e em São José dos Campos (SP) e construir uma fábrica de motores em Santa Catarina. Para isso ela quer isenção de 75% do ICMS no Rio Grande do Sul mais financiamento de 150 milhões de reais do Banrisul e de 350 milhões do BNDES.




Fonte: vermelho.org

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